Dois passos antes de cruzar a linha de chegada, Sha’Carri Richardson começou a bater no peito, sabendo que tinha vencido a corrida. Com um sprint impressionante de 10,71 segundos nos 100 metros nos testes de pista dos EUA, Sha’Carri Richardson garantiu um lugar nos Olimpíadas de Paris 2024 e estabeleceu-se como a mulher mais rápida do mundo este ano. O desempenho é um marco na sua digressão “I’m Not Back, I’m Better”, que destaca a sua notável transformação desde a sua controversa proibição há três anos.
Superando os desafios do passado
Em 2021, Sha’Carri Richardson testou positivo para cannabis após uma vitória incontestada sobre a sua distância favorita e 3 semanas antes dos Jogos Olímpicos de Tóquio. Mais tarde, revelou que tinha perdido recentemente a mãe e que tinha consumido canábis para aliviar a depressão. A sua proibição de participar nos Jogos Olímpicos de Tóquio suscitou muita controvérsia sobre testes de THC para atletas e a necessidade de atualizar os regulamentos antidopagem.
O diretor da Agência Anti-Doping dos EUA estava aparentemente do lado de Richardson. O seu diretor executivo, Travis Tygart, disse na altura: “As regras são claras, mas este caso é desolador em muitos aspectos”. Até o Presidente Joe Biden questionou se não seria altura de reavaliar a proibição.
Desde então, Sha’Carri Richardson tem-se dedicado ao desenvolvimento pessoal e à excelência desportiva. Refletindo sobre sua jornada, ela disse: “Acho que cada capítulo da minha vida me preparou para este momento”
A mensagem de Richardson para os seus fãs e colegas atletas é de auto-confiança e perseverança. “Acreditem em vocês mesmos, não importa o que aconteça”, enfatizou. Sua jornada de um revés em 2021 para um campeonato nacional e um título mundial em 2023 demonstra o poder da resiliência e da dedicação. O mantra de Richardson de manter os pés no chão e confiar no seu trabalho ressoa profundamente com aqueles que seguiram a sua carreira.
Enquanto Richardson se prepara para os Olimpíadas de Paris 2024, a competição continua acirrada. As velocistas jamaicanas Shelly-Ann Fraser-Pryce, Shericka Jackson e Elaine Thompson-Herah ganharam, juntas, 19 medalhas olímpicas e serão adversárias formidáveis. As recentes atuações de Richardson, que incluíram a superação de um início ruim para estabelecer o melhor tempo da temporada, colocam-na à frente das concorrentes. O destino de Michael Phelps?