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O Primeiro-Ministro das Baamas abre caminho à legalização da indústria da canábis

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Cannabis medicinal nas Bahamas
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O Primeiro-Ministro das Bahamas, Philip Brave Davis, congratulou-se com o potencial impacto significativo da legalização da indústria da canábis na economia da ilha.

Durante um debate na Assembleia da República sobre uma série de projectos de lei relacionados com a cannabis, Davis destacou os benefícios económicos transformadores e o cumprimento de um compromisso fundamental no “Plano para a Mudança” do Partido Liberal Progressista (PLP).

Oportunidades económicas e criação de emprego

Davis salientou que a legalização da cannabis medicinal catalisaria a criação de milhares de empregos numa série de sectores, incluindo a agricultura, a indústria transformadora, o comércio a retalho, os dispensários e os cuidados de saúde.

“O impacto da indústria do canábis será generalizado e afectará muitos sectores. Ao legalizar a canábis para fins medicinais, estamos também a legalizar os muitos factores de produção necessários à indústria”, afirmou Davis. Esta nova realidade económica faz da canábis um importante contributo para a diversificação da economia das Baamas.

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A nova legislação visa promover oportunidades para os empresários bahamenses do sector da canábis e atrair investidores externos. Davis sublinhou a importância de criar um quadro que garanta um acesso equitativo ao sector para empresas de todas as dimensões.

“Abrimos a porta à criação de milhares de postos de trabalho na agricultura, na indústria transformadora, no comércio retalhista, nos dispensários e nos cuidados de saúde. Esta indústria dará um contributo significativo para os nossos esforços de diversificação da economia através destes subsectores”, acrescentou.

O projeto de lei prevê várias licenças que permitem o acesso legal à canábis para fins científicos, médicos e religiosos, incluindo o cultivo, a venda a retalho, os testes analíticos, o fabrico, a investigação, o transporte e o uso religioso.

As empresas que pretendam cultivar, vender ou transportar cannabis devem ser detidas a 100% pelas Bahamas, enquanto as entidades envolvidas em testes analíticos, fabrico ou investigação devem ser detidas a pelo menos 30% pelas Bahamas.

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“Estamos também conscientes da necessidade de atrair investidores que procurem uma jurisdição bem regulamentada para realizar a sua investigação. No entanto, é essencial que os bahamenses estejam também envolvidos na investigação e desenvolvimento”, sublinhou Davis.

A legislação também abre oportunidades para as empresas e os agricultores das Bahamas acederem aos mercados internacionais através da exportação dos seus produtos.

Quadro legal e regulamentar

O Cannabis Bill 2024 introduz várias infracções relacionadas com a cannabis, tais como posse ilegal, posse com intenção de fornecer, produção, fumar em locais públicos, deturpação da saúde e posse de quantidades não autorizadas. As condenações ao abrigo destas leis podem resultar em coimas até 100 000 euros e/ou penas de prisão até sete anos.

Davis esclareceu que a depenalização de pequenas quantidades de canábis não equivale a uma legalização.

“Somos um país de regras e leis”, sublinhou.

A nova legislação estipula que qualquer posse de pequenas quantidades de canábis, apesar de despenalizada, continua a ser ilegal, estando os indivíduos sujeitos a uma coima de 250 euros.

Justiça social e cancelamento do registo criminal

Uma caraterística notável da legislação em matéria de justiça social é a remoção da cannabis da lista de substâncias perigosas e o anulação dos registos criminais das pessoas condenadas por posse de 30 gramas ou menos de cannabis.

Davis lamentou o impacto negativo que os pequenos delitos relacionados com a cannabis tiveram em muitas vidas, descrevendo a legislação como um ponto de viragem para a sociedade bahamense.

“Demasiados meios de subsistência foram perdidos por causa de um charro”, afirmou. “Demasiadas vidas ficaram incapacitadas e perderam-se potencialmente.

Davis disse estar convencido de que a anulação dos registos criminais por delitos menores de posse de droga transformaria positivamente a vida das pessoas. “Estou confiante de que muitas vidas serão transformadas para melhor em resultado da eliminação dos registos criminais”, acrescentou. Esta medida sublinha o empenho do Governo em defender o Estado de direito, assegurando simultaneamente que as actividades ilegais e não licenciadas sejam devidamente punidas.

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