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O exército português empenha-se na produção de canábis medicinal

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Sala branca para a canábis medicinal
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O Laboratório Nacional do Medicamento (LNM), uma instituição dependente do Ministério da Defesa português, está a fazer progressos na produção de canábis medicinal, segundo o Cannareporter.

O LNM, historicamente ligado ao exército português, assinou recentemente um contrato para a construção de salas limpas para a canábis medicinal. A iniciativa, com um custo de cerca de 183.000 euros, teria como objetivo responder às necessidades médicas dos pacientes portugueses, oferecendo uma potencial alternativa ou complemento às opções farmacêuticas existentes.

O contrato e a construção da sala limpa

De acordo com informações fornecidas pelo Cannareporter, o contrato, assinado em agosto de 2023, abrange a construção de salas limpas. O contrato tem um prazo de execução de 144 dias e foi adjudicado à TypeSolution S.A., uma empresa especializada em consultoria de equipamento laboratorial e industrial. A TypeSolution S.A. tem trabalhado com vários clientes portugueses no sector da canábis medicinal, incluindo a Tilray, a CannPrisma e a LabialFarma.

Embora a legislação portuguesa permita que o LNM contribua para a produção de medicamentos à base de canábis, a natureza específica do seu envolvimento permanece pouco clara. O envolvimento do LNM no sector da canábis poderia aliviar a carga burocrática associada às autorizações de utilização excecional (o equivalente às ATU francesas) e reduzir os elevados custos de aquisição dos medicamentos existentes à base de canábis, como o Epidyolex ou o Sativex.

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No entanto, os objectivos exactos da infraestrutura que está a ser desenvolvida e se a LNM pretende criar medicamentos específicos à base de canábis permanecem pouco claros, não tendo o Cannareporter recebido qualquer resposta adicional da LNM.

Projeto SkanAbility e consórcio de investigação

O LNM está também a participar no projeto “SkanAbility”, um consórcio de investigação lançado em 2020. Este projeto, que envolveu agentes industriais, a Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa e a Universidade do Minho, teve como objetivo desenvolver formulações para cosmética funcional e aromaterapia incorporando canabinóides e terpenos.

O objetivo do projeto, como detalhado no texto, era criar formulações, incluindo cremes, emulsões, tópicos ou óleos enriquecidos, com canabinóides purificados e terpenos extraídos de flores ou folhas de cannabis.

A tarefa do NML no projeto “SkanAbility”, especificamente classificado como “T106”, consistia em criar um biobanco de cannabis através da utilização de amostras biológicas e do registo de dados de caraterização abrangentes. O Cannareporter sugere que o planeamento e a conceção da estrutura de apoio ao biobanco foram concluídos e que a implementação da infraestrutura física está em curso.

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Além disso, o NML afirma ter concluído outra tarefa crucial relacionada com o projeto: o planeamento e a criação de um plano de gestão da qualidade para o manuseamento de amostras biológicas. O objetivo é garantir a segurança, o transporte, o armazenamento e a rastreabilidade dos processos associados à correcta conservação e manuseamento das amostras. É ainda referido o desenvolvimento de um registo digital dedicado à gestão da base de dados do biobanco.

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