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Reefer

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Termo da gíria canábica frequentemente utilizado para descrever um charro. O termo Reefer foi popularizado e estigmatizado pelo filme de propaganda melodramático dos anos 30 “Reefer Madness”, no qual a canábis conduz os consumidores a uma armadilha perigosa. No livro de 1971 “Cannabis Alchemy” de R. Gold, este refere-se a “charros impregnados”, ou charros aos quais foi adicionado extrato de canábis, como reefers.

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O que significa reefer?

O termo “reefer”, que é uma gíria para “erva”, foi associado pela primeira vez ao cultivo de canábis na década de 1930. De acordo com o arquivo do Oxford English Dictionary, o termo apareceu pela primeira vez em 1931, quando a revista Time publicou um artigo afirmando que as folhas de cannabis podiam ser secas, moídas e depois enroladas num cigarro “reefer”. Esses cigarros “são vendidos como ‘muggles’, ‘reefer’ ou ‘Mary Warners'”, segundo a Time.

Os etimologistas não sabem ao certo como é que o termo “reefer” passou a estar tão intimamente associado à canábis, mas alguns, incluindo o OED, dizem que deriva da palavra espanhola para marijuana, “grifa”. Outros afirmam que foi adotado da gíria dos marinheiros; na vela, “reef” significa enrolar a vela – da mesma forma que se enrola um charro – e um “reefer” é o marinheiro que enrola.

“Reefer Madness” (Loucura dos recifes)
A maior reivindicação à fama do termo reefer é, sem dúvida, o filme de 1936 “Reefer Madness”.

Nos anos 30, assistiu-se a um enorme esforço para demonizar a canábis. Foi lançada nos Estados Unidos uma campanha anti-canábis, liderada por Harry J. Anslinger, comissário do recém-formado Federal Bureau of Narcotics, com Anslinger e outros activistas anti-canábis a afirmarem que a planta tornava os utilizadores violentos. Esta campanha de difamação contra a canábis visava, em grande parte, demonizar simultaneamente os imigrantes mexicanos, que utilizavam a “marijuana” para fins recreativos e medicinais.

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Uma das tácticas utilizadas para assustar o público e alertá-lo para os “perigos” da canábis foram os filmes de propaganda – o mais visível foi “Reefer Madness”. O filme segue um grupo de estudantes do liceu que participam em “festas de marijuana” em casa de um casal solteiro – e metem-se em todo o tipo de problemas.

“Reefer Madness” era um relato melodramático dos perigos da canábis e não tinha qualquer base factual ou científica. O filme foi mal recebido aquando do seu lançamento, mas graças à sua natureza exagerada, ressurgiu nos anos 60 como um clássico de culto.

Atualmente, o filme é considerado pela comunidade canábica como uma sátira e é frequentemente exibido em sessões nocturnas por todo o país. O filme também foi satirizado como um musical em “Reefer Madness: The Movie Musical”, protagonizado por Kristen Bell, Christian Campbell, Alan Cumming, Neve Campbell e Ana Gasteyer.

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