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Advogado queniano apresenta petição para legalizar a canábis em todo o país

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Legalização da canábis no Brasil
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Numa declaração emitida em 30 de março, o antigo presidente da Law Society of Kenya (LSK), Nelson Havi, anunciou a sua intenção de apresentar uma petição constitucional durante a próxima semana, com o objetivo de anular a criminalização da cannabis no Quénia.

“Vou apresentar uma petição constitucional na próxima semana com o objetivo de declarar inconstitucionais todas as secções da lei que criminalizam o cultivo, a transformação, a venda e o consumo de marijuana”, afirmou.

Embora Havi não tenha especificado uma data exacta para a apresentação da petição, o anúncio já reacendeu as conversas sobre a legalização da cannabis no Quénia.

A visão polémica de Wajackoyah

A abordagem de Havi ecoa as propostas ousadas do candidato presidencial do Roots Party George Wajackoyah, que fez da legalização da cannabis um pilar central de sua campanha para as eleições gerais de 2022. Wajackoyah atraiu a atenção geral ao afirmar que a legalização do cultivo de bhang, o nome local da cannabis, poderia ser a chave para resolver a explosão da dívida pública do Quénia.

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Citando o condado de Nyeri como estudo de caso, Wajackoyah estimou que um hectare de canábis poderia gerar até 140.000 euros por colheita. Extrapolou este valor para todo o condado – que abrange 230.000 hectares – sugerindo que uma única colheita poderia render 40 mil milhões de euros (Sh4,6 triliões). Com duas colheitas anuais, afirmou, só Nyeri poderia gerar 80 mil milhões de euros (9,2 triliões de xelins).

“Se o país cultivasse marijuana só em Nyeri, o país construiria duas vias rápidas em cada condado do Quénia.”

Foi ainda mais longe, propondo que as receitas da canábis poderiam proporcionar a cada queniano um cheque de dividendos anual de 200 000 xelins (1 500 euros).

Embora as projecções de Wajackoyah tenham sido recebidas com ceticismo, desempenharam um papel importante na introdução da reforma da canábis no discurso político dominante. A sua retórica também colocou a questão num contexto histórico, estabelecendo paralelos entre a canábis e as culturas de rendimento da era colonial no Quénia.

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Um legado colonial e uma luta moderna

Wajackoyah recordou aos quenianos que a prosperidade económica da região do Monte Quénia estava outrora enraizada em culturas agora legalizadas, como o café e o chá, cujo acesso era restrito na época colonial.

“O Monte Quénia foi enriquecido por duas culturas de rendimento, o café e o chá. De facto, os Kikuyu arrancaram economicamente em 1923, quando foram autorizados a cultivar café e chá. Antes de 1923, era ilegal para um queniano indígena cultivar estes dois produtos”, afirmou.

Esta analogia histórica tem eco junto daqueles que vêem as actuais leis sobre a canábis como resquícios da política colonial – leis que continuam a limitar as oportunidades económicas, particularmente para os agricultores rurais.

O debate centra-se também na saúde pública, nos recursos de aplicação da lei e na necessidade de uma indústria de canábis regulamentada que possa gerar empregos e receitas fiscais. Embora nenhum político queniano proeminente esteja atualmente no poder com uma plataforma a favor da canábis, a combinação de argumentos económicos e de ativismo jurídico poderá fazer pender a balança a favor da canábis.

Enquanto o país aguarda a apresentação da petição de Havi, as atenções voltam-se mais uma vez para uma questão que se está a tornar urgente não só no Quénia, mas em toda a África: poderá a reforma da canábis abrir novos caminhos para o desenvolvimento no século XXI?

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